A REDEFINIÇÃO DOS 3D: Desglobalização

Uma nova ordem mundial irá desafiar a globalização.

Explicação da desglobalização

O processo de globalização que dura há décadas está a chegar ao fim em virtude de o mundo se estar a tornar mais protecionista*, favorecendo oportunidades com maior proximidade geográfica.

A Covid-19 e os subsequentes confinamentos em 2020 expuseram as vulnerabilidades das cadeias de abastecimento globais*, especialmente das que dependiam demasiado da China e das importações chinesas. As tensões geopolíticas entre os EUA e a China, que antecederam a pandemia, apenas se intensificaram, enfatizando novamente estes riscos e exacerbando a inflação.

Em resposta à perturbação, assistimos ao aparecimento de uma nova dinâmica internacional. As empresas multinacionais estão a diversificar os locais onde produzem bens e a relocalizar a produção para mais perto. Este processo é conhecido como relocalização*. Esta tendência representa um retrocesso em relação ao modelo globalizado de cadeias de abastecimento alargadas* que definiu o comércio internacional nas últimas décadas.

* Definido no glossário de Redefinição dos 3D

Principais conclusões

Principais conclusões

Cadeias de abastecimento globais expostas O modelo globalizado existente de cadeias de abastecimento alargadas está a ser cada vez mais questionado. As empresas multinacionais equacionam a relocalização, a deslocalização de proximidade e/ou a deslocalização na esfera dos países aliados, motivadas por preocupações em torno da resiliência e fiabilidade das cadeias de abastecimento. Assim, os ganhos fáceis, ou seja, os dividendos da globalização, poderão acabar à medida que a segurança do abastecimento se torna cada vez mais importante.

Pressões inflacionárias de longo prazo

A pandemia intensificou ainda mais a relação já tensa entre o Ocidente e a China, com os bloqueios generalizados na cadeia de abastecimento chinesa a exacerbarem a inflação. O conflito Rússia-Ucrânia expôs dependências semelhantes, particularmente no que diz respeito à energia e à agricultura na Europa.

Está a surgir uma nova ordem mundial

As empresas multinacionais estão a diversificar a sua produção e a relocalizá-la para locais mais próximos, num processo conhecido como relocalização. As economias que atraem estas empresas produtoras poderão, com o tempo, impulsionar o seu crescimento.

Acelerar a transição energética

Esta nova mudança de regime deverá provocar uma aceleração na transição energética, alimentando a tendência de descarbonização. As recentes perturbações nas tensões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia, aceleraram a necessidade de os países acabarem com a sua dependência das fontes de energia tradicionais e reforçaram o seu desejo de fazerem progressos reais na transição energética.

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